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CORPO, CLASSE SOCIAL, GÊNERO FEMININO E SEXUALIDADE: (DES)NATURALIZANDO LINGUAGENS E MARCAS DO UNIVERSO ESCOLAR

O cuidado de si, relacionado à imagem corporal, nos remete a novos questionamentos ou à busca de novos paradigmas, como a compreensão da dinâmica social a que estamos inseridos, as exigências atribuídas a feminilidade, as veiculações de imagens corporais que os meios de comunicação transmitem diariamente, o distanciamento dos atributos físicos atrelados em qualidades morais, bem como a influência da população no envolvimento do processo de contemplação, reforço de modelos corporais e a vivência da sexualidade humana discriminatória e hegemônica. A literatura mostra a cobrança pessoal e social por um determinado padrão de beleza, bem como as linguagens que ele representa. Assim, não estar de acordo com os padrões, ou seja, não ter as medidas e curvas corporais estipuladas, pode desencadear incômodos, tanto para quem se encontra fora deste perfil ideal, como para quem o visualiza. No entanto, uma cultura centrada na supervalorização corporal, muitas vezes, não se preocupa com outros elementos fundamentais para o convívio humano, como o respeito, a amizade, o companheirismo, o cuidado com o outro, a afetividade. Para formalizar a investigação sobre a interseccionalidade das temáticas levantadas, estabelecemos como objetos de análise o corpo e gênero de jovens pobres, de forma a resgatar referenciais adequados a estas visões voltando-nos para alguns valores e concepções atribuídos ao corpo na atualidade, bem como a relação desses elementos com a classe social, de forma a levantar, identificar, problematizar e refletir sobre as interligações presentes nessas categorias de análise. Neste estudo, o enfoque se direciona para o ambiente escolar, visando bairros periféricos da grande região de Goiânia/GO, prendendo-nos aos gestores escolares (diret@r, coordenad@r pedagógic@ e coordenador@ de turma), professor@s de Educação Física, Biologia e Português, por serem considerados figuras importantes no diálogo com escolares, ao que tange gênero e sexualidade (BRASIL, 1998), e estudantes das duas últimas turmas do Ciclo III, por ser nesta fase que começam a trabalhar o corpo, manifestam vaidade, com isto, sensibilizando-se para amplas questões da corporeidade.

Autoras/es: Aline Nicolino; Diego Mendes

Palavras-chave: Corpo. Classe Social. Gênero. Sexualidade

Evento: VI Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (conpeex) UFG

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